domingo, 18 de setembro de 2011





"Sou fã do jeito,
sou fã da sua roupa, sou fã desse sorriso estampado em sua boca. Sou fã dos seus olhos, sou fã sem medida, sou fã número um e com você sou fã da vida."


domingo, 4 de setembro de 2011

Cinco

Tenho estado aqui a pensar e a remoer as saudades que tenho, e que vão crescer. Quantos metros e centimetros vou medir, quanto vou pesar, se vão ser largas ou estreitinhas... Por enquanto sei bem que vão ser imensas, tantas, tantas que não cabem sequer num abraço fechado. Razão pela qual nem me apetece abraça-lo, mas sim mandar-lhe uma carolada na cabeça. O estranho é que toda essa saudade que já sinto parece não ser assim tão pesada, ou alta, ou comprida, ou larga sequer. Parece uma pedra. Uma pedrinha pequenina. Daquelas que nos fica na sola do pé e que não nos larga ao longo do caminho. Talvez por isso doa tanto...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Quatro

Gosto de o ver a rir e a brincar, gosto do cheiro e do olhar desafiador, gosto de estar perto, de saber que afinal vale a pena acreditar na paz. Que não há esperas vãs nem dias perdidos, que todas as noites são de lua cheia e todas as manhãs estão cheias de alguém. Quero-te, quero-te, quero-te. Por isso abre as mãos e o peito, deixa-me ficar, guarda-me em ti e espera sem esperar a cada dia que passa, que a sorte vive cá e que é doce e intemporal. Que resiste ao
medo de arriscar, resiste ao mundo, que resiste a tudo e não precisa de mais nada a não ser de ti. Tu que estás no meio de tudo. Tu de quem eu gosto, gosto, gosto.

domingo, 7 de agosto de 2011


(É isto mesmo que acontece.)

Três


Há pessoas espertas, não há? Pessoas que põem palavras nos sentimentos, parecem até poetas. Mas depois, de surpresa, abandonam os nossos sonhos pé ante pé ou de “pantufas”, nem sei. Na verdade, decepcionam-nos um bocadinho, e quando damos por isso, apagam-se dentro de nós. Deixam de ser preciosas e por tudo o que valeram, não podem voltar a ser (só!) nossas amigas, partindo então. Imagino nesse lugar com um aglomerado de pessoas que já nos disseram tanto, que não se transformaram num inferno dentro de nós, mas também nunca chegaram ao céu, embora, por vezes, surjam-nos nos sonhos como um vulto que atravessa o nosso coração, mas que já não provocam arrepio, muito menos um calafrio, que são aqueles sentimentos que nos desabotoam a cabeça e nos deixam a arder de paixão e a tremer de medo, tudo ao mesmo tempo. Afinal, não são nem amigos nem amores. Transformam-se em pedras no sapato. Ou às vezes nem isso. Portanto vou chamar-lhe cemitério dos poetas, um lugar silencioso onde habitam aqueles, que ao contrário do que desejávamos, foram morrendo para nós. Às vezes até assusta. Às vezes atormenta, porque magoa descobrir que também nós vivemos sem viver, por entre esses amigos, amores e amantes. E por fim, ainda somos tocados, por vezes, pelo entusiasmo e sonhos levemente acordados, quando desejamos com muita força que essas pessoas ressuscitem e regressem. Pessoas essas, que embora mortas, sejam mágicas e intocáveis, pelo menos, para o nosso coração de manteiga.

sábado, 6 de agosto de 2011

Dois.

You're a part time lover...



and a full time friend
.





(Don't see what anyone can see, in anyone else, but you.)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Um

Não tenho muito daquilo que quero para mim, mas estou feliz, porque sempre que acordo, sei o que quero e olho por onde vou. É estranho mas a felicidade morre sempre que dizemos “estou feliz”, isto é, sempre que nos sentimos felizes, deixamos de o ser. Não sermos felizes não significa que não guardaremos o seu paladar, ou que não haja em nós o desejo incessante de o sermos. E aqueles que não toleram por em causa a sua felicidade, talvez nunca a procuraram. Infelizes são aqueles que não aceitam que lhes falta um pouco mais para o que desejam. Não ser feliz não significa ser infeliz, mas não sei como chamar às pessoas que não sendo felizes, não são infelizes. Imagino-as sim, daquelas que imigram num sonho e se orientam nele lendo estrelas. E cada vez que chegam ao céu, nos olhos de quem olham, descobrem que a felicidade afinal morou sempre ali, ao pé de si. Sobretudo quando se dá cá dentro um “abre-te Sésamo”, sem que seja preciso dizer “abracadabra”. E assim se é feliz, um bocadinho, todos os dias da nossa vida.